Computação em Nuvem ganha destaque em estudos do governo
24.10.2012

Diversas tecnologias visam facilitar a vida do cidadão e, atualmente, a sensação tecnológica do mundo virtual é a Computação em Nuvem que permite ao usuário acessar, via internet, sistemas e recursos tecnológicos sem precisar usar os de seu computador, nem comprá-los, podendo alugá-los como serviços onde o fornecedor oferece desde infraestrutura, softwares, atualizações automáticas até o compartilhamento de arquivos, gestão e manutenção.

Segundo o assessor da Presidência do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), Sérgio Cangiano, no Brasil existem iniciativas para o uso de Nuvem em alguns estados e no governo federal. “Há estudos do uso em Nuvem no governo compartilhando as infraestruturas de tecnologia da informação e comunicação de empresas estatais. Serpro, Dataprev e Datasus são algumas das candidatas. Há também a infraestrutura dos bancos públicos, que nesse caso esbarra em aspectos de segurança mais complexos além de iniciativas de estudo e projeto piloto para a prestação de serviços em Nuvem na modalidade SaaS (Software as a Service / Software como um serviço) como é o caso do "Expresso em Nuvem", de iniciativa do Serpro e Dataprev”, explica.

Cangiano destaca também que o governo norte-americano recomenda o uso da Computação em Nuvem no lugar de adquirir infraestrutura própria. “A decisão norte-americana para o uso de computação em nuvem se baseia em três argumentos. O primeiro é o gasto com infraestrutura que não tem efeito direto para o cidadão e sim acessório; o segundo é que o estado atual da TI no governo é ineficiente, com inúmeras redundâncias de infraestrutura, sistemas, dados e informações, além de qualquer aquisição mostrar-se demorada, com prazos de instalação inadequados e nem sempre a compra por menor preço é a mais atualizada ou de melhor qualidade tecnológica; e por último, não menos importante, vem o esforço direcionado para a administração de infraestrutura de TI e os custos associados, que não são direcionados para inovação e ao atendimento direto do contribuinte, e sim para aquisição, desenvolvimento e manutenção, o que degrada e limita os serviços ao cidadão”.

Portanto, na opinião do assessor, a utilização de Computação em Nuvem tem três aspectos essenciais para qualquer governo: eficiência, agilidade e inovação. “Eficiência porque elimina gastos desnecessários com aquisição, gestão e custos de propriedade de infraestrutura de TIC. A Nuvem otimiza o uso dos recursos de infraestrutura com ferramentas de virtualização, e elimina a imobilização de verbas públicas em ativos que são normalmente dimensionados pelo máximo com depreciação rápida. A Nuvem apenas onera a administração pública pelo uso efetivo dos recursos”.

Em relação à agilidade, Sérgio Cangiano diz que na computação em Nuvem se compra o serviço que é prontamente disponível. “A Nuvem já está instalada, fornece pronto uso e escalabilidade, com tempo zero para a produção apenas com custos operacionais (OPEX) e não de Capital (CAPEX); e quanto à inovação, o pessoal de TIC estará muito mais conectado com os negócios, e com o quê a tecnologia de informação e comunicação poderá oferecer para o cidadão do que com os problemas da tecnologia que serão resolvidos pelos fornecedores de computação em nuvem, especializados e que contam com ferramentas automatizadas que garantem o nível de serviço contratado, adicionando governança e mensuração precisa do uso com total transparência entre fornecedores e clientes”. Porém a adoção de computação em nuvem pelos governos requer segurança, o que pode ser conseguido com os resultados da ICP Brasil na área de certificação digital.

Fonte: ITI

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